Ela estava lá, linda e sorridente. Uma das cinco mulheres mais bonitas do Universo...
Apenas uma pergunta a separava da coroa de 400 mil dólares e da vida que ela sempre sonhou pra si. Uma simples pergunta.
Ela era a última das 5. Talvez gostasse disso, talvez não. Fato é que poderia ouvir todas as perguntas (e, principalmente, as respostas) das outras candidatas antes do seu grande momento.
Uma respondeu sobre qual livro indicaria para o mundo. (E nem foi o Pequeno Príncipe!) Outra sobre as diferenças entre homens e mulheres. Teve ainda aquela que falou sobre a maior dificuldade em sua vida. (Ser sempre positiva - how sweet) E também aquela que precisou contar sobre como superou um fracasso.
Agora era a vez dela... Nada podia sair errado.

"Qual é o maior problema de seu país e o que você pretende fazer para ajudar?"

E, nessa hora, a confiança daquela mulher ruiu. Seu nome?
Monica Spear - Miss VENEZUELA 2005

Percebam a ironia do destino. Até eu, the Iceberg-Heart, fiquei com peninha dela. Uma pergunta que seria relativamente tranqüila para qualquer miss escandinava, quase clichê para a americana e até mesmo óbvia se a Miss Zâmbia tivesse chegado até lá...
Mas, atirar essa bomba nas mãos da venezuelana foi cruel demais.

O que poderia a pobre Monica fazer? O mundo inteiro sabe qual é o problema da Venezuela, mas será que ela poderia dizê-lo? Quais seriam as conseqüências para ela se Hugo Chávez não gostasse de sua resposta? Valia a pena arriscar tudo para tentar impressionar os jurados - e o grande público - que haviam sido visivelmente americanófilos a ponto de empurrar a gordinha da Miss USA até o Top Ten?

Bem acho que Monica não conseguiu se decidir. Depois de começar com algo como "A Venezuela passa por um momento difícil economicamente... politicamente...", parece que se arrependeu do que ia dizer. Monica ficou presa em frases sem sentido e foi vergonhosamente interrompida pela campainha enquanto engasgava no segundo "And...".

Resultado: Monica Spear ficou em quinto lugar, ou seja, a última entre as finalistas.


Monica Spear
Miss Venezuela 2005

A entrevista...

Voltando a lenga-lenga "preciso-de-um-estágio-por-favor-me-contrate-agora!", ontem peguei o cometa do meio-dia em direção a São Paulo.

Prova de inglês, prova de lógica, redação (Fale sobre 2004 - Alguém aí ainda lembra de 2004?)... e lá fui eu pra entrevista.

Ao fim de hora e meia de fale-sobre-isso, fale-sobre-aquilo, a tiazinha do RH perguntou se podia me dar umas dicas para próximas entrevistas...

- Você precisa aprender a ser menos expressivo...

Alguém com alguma dúvida sobre o q ela realmente queria dizer?

Sabe aquele momento em q você fica sem reação?

Eu sempre brinquei com a hipótese, rolava de rir com a galera falando q eu ia conhecer a mansão da Família Bracho...
Mas, quando a proposta surgiu, tudo q eu consegui enviar foi uma carinha de espanto.

Eu queria dizer q me senti mal, q não posso aceitar e coisas do gênero...
Ah, mas todo mundo sabe q ia ser mentira!

É claro q eu não perdi completamente a pose e mandei um "Ok, me dá umas duas horas pra fazer a mala q eu tô indo pro aeroporto", mas eu bem q tive vontade.

Ah, não sei...
Muitas coisas passando pela minha cabeça nesse momento.
Não quero criar expectativas. Não posso. Isso não tá me fazendo bem.

Mas é fato q quando a realidade bateu na minha porta (leia-se "Eu nunca disse q ia voltar pro Brasil ainda esse ano"), a coisa esfriou. Foi o momento que o Felipe-Racional voltou e tomou as rédeas da situação novamente. E foi desse jeito q, na segunda passada, eu me recusei a abrir o MSN.

Aí, quando eu já começava a acreditar q isso tudo ia fade-away... Pronto, olha eu mergulhando nessa situação de novo! Antes q eu pudesse exercer um mínimo de autocrítica, lá fui eu tentar entender o site da Varig!

Aaaaargh!
Esse é o semestre mais longo da história!
Alguém traz Julho, pelo bem da minha saúde mental!

Call me a geek

Simplesmente fantástico!
Rede neurais para o meu próprio divertimento!!!
Confiram: 20Q

Um blog abandonado

Eu sei.
Dias e dias e dias sem posts. Semanas até!
Preguiça de escrever? Não.
Falta de tempo? Não.
Então qual é o problema? Inércia.

Triste admitir, mas a minha vida se tornou pura e completa inércia.

Passo horas na frente de um computador e nunca estou fazendo nada de útil.
O meu "romance" via MSN vai de vento em popa, mas, convenhamos, ninguém vai conseguir me convencer q romance via MSN é algo minimamente útil.
Muito pelo contrário, eu diria.

Acordo, almoço, passo horas na frente do computador, vejo um pocco de TV e volto a dormir.
Assim, nessa ordem.
Vou às aulas, quando há aulas. Mais isso definitivamente está se tornando cada vez mais raro...

Ah, sei não...
Q vida é essa, minha gente?
Será q 2005 será o ano da espera?
Espera pela vaga de estágio q nunca aparece.
Espera pela decisão q vai mudar minha vida.
Espera pelo avião q vem do México.
Espera.
Espera.
Espera.

Tô cansado.
Mas cheguei num ponto tal do meu cansaço que não tenho forças pra mudar.
E assim eu vou empurrando a vida com a barriga.

Inércia.

Vergonha.